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Transtorno Bipolar - 22 de maio de 2015

 

Primeiro a angústia, o desânimo, a falta de vontade de se levantar da cama. Depois, vêm a animação, extrema autoconfiança, sensação de poder, vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo. A primeira impressão é que essas sensações são de duas pessoas, uma depressiva, outra eufórica.

 

Vamos falar de um comportamento que tem me chamado muito a atenção ultimamente. A Psicologia define o distúrbio bipolar como uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema entre uma fase depressiva ou uma fase eufórica, hiperatividade e grande imaginação, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para idealizar e realizar ideias, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são frequentemente conhecidos como depressão maníaca.

 

O humor é o pano de fundo da nossa vida emocional. Normalmente, se acontecem coisas boas, as pessoas ficam alegres, se acontecer algo ruim, ficam tristes. Para quem tem transtorno bipolar, a lógica não é sempre essa. O humor pode oscilar muito e de forma muitas vezes independente do que ocorre ao redor. Se morre alguém, imagina-se que a pessoa fique triste, mas o bipolar pode entrar numa crise de euforia, ficar “elétrico”, ou mesmo irritável e não porque não gostava da pessoa, mas porque o estresse desencadeou uma instabilidade da doença.

 

Assim como uma série de outras doenças, o transtorno bipolar não tem cura, mas controle. É como ter hipertensão ou diabetes: a doença continua ali, mas o paciente aprende a reconhecer sinais, controlar e conviver com ela, enquanto leva uma vida normal. Além dos medicamentos, a terapia pode ajudar a pessoa a entender que tem uma doença e a aceitar o tratamento. É dar-se conta de como funciona o transtorno e saber diferenciar o que é normal do que foge do controle.

Ansiedade, distúrbio do pensamento - 30 de abril de 2015


Aqueles que moram em grandes cidades sentem uma pressão para fazer mais, produzir mais, ir mais rápido, ser mais produtivo, mais atencioso, fazer com que tudo dê certo sempre. Que caminham lado a lado com a ansiedade. Cuidado!


Compreendemos que ansiedade em pequenas doses nos motiva ao sucesso pessoal e profissional. Em pequenas doses a ansiedade nos deixa feliz pela proximidade do aniversário, por exemplo. Nos ajuda a nos preparar para uma prova. Vamos tratar da ansiedade que entorpece e não permite nenhum progresso pessoal, profissional, emocional, etc.


Mesmo que alguns não gostem de admitir a ansiedade tem sempre um componente de medo. Por exemplo, ansiedade em falar em público embute o medo de não ser bem sucedido com a plateia. Ansiedade em paquerar é composta de medo da rejeição.  Ansiedade que muitas vezes é percebida logo ao se levantar da cama, como uma voz interior dizendo “ai meu Deus, hoje eu acho que vai acontecer alguma coisa ruim”. A ansiedade é o resultado de projeções catastróficas sem fundamento. Uma vez que são seus pensamentos que fazem com que você fique ansioso.


Já que estamos incansavelmente buscando a felicidade temos que aprender a “negociar” com os pensamentos. Não aceitar logo de cara todo e qualquer coisa que surge em sua mente. Normalmente não questionamos nosso próprio pensamento, aceitamos que se algo veio à nossa mente então essa ideia deve ser considerada. Neste momento convido você a questionar todos os pensamentos que te deixam ansioso. Identificar qual o medo que está por trás desta ansiedade – muitas vezes este é um trabalho bem difícil e nem tão rápido quanto parece, pois se este medo fosse tão superficial, você já o teria controlado. Muitas vezes este medo está escondido atrás de muitos argumentos que você mesmo arruma para dar validade ao medo.


É possível que coisas aconteceram em sua vida que deixaram marcas. É possível que você tenha assistido pessoas queridas passarem por situações que impressionaram. É possível que você tenha ouvido estórias e as assumiu como verdadeiras e muito possíveis de também acontecer contigo. Mas também é possível que tudo isso nem esteja mais à superfície e você precise de ajuda para lembrar e levantar os pensamentos que já caíram no esquecimento, mas ainda causam estrago em sua mente.


Por fim, você precisa de um novo plano de ação. Precisa elaborar novas formas de pensar, pois depois que eliminou uma seria de informações distorcidas que vinha carregando é necessário que novas informações, mais verdadeiras e sensatas, ocupem o lugar.


Eu sei que fazer tudo isso sozinho pode ser bem difícil. Conte com um Psicólogo para ajudar você nesta jornada.

Obesidade, igual a compulsão por comida - 17 de abril de 2015


É necessário entender que a cirurgia para redução de estomago não se trata de um procedimento estético, mas de um recurso médico para tratamento de uma doença. Importante ressaltar, pois, os pacientes pensam apenas nos benefícios estéticos e, por isso, não se atentam para o fato de que apenas a cirurgia em si não será suficiente para o sucesso do tratamento.


Mas porque não trataram a causa dessa obesidade, que não é a comida, e sim a compulsão por comida? Essa é a causa da obesidade. A causa é psicológica, é comportamental. É por isso que o tratamento deve ser acompanhado por psicólogos.


Quando você come para aliviar as angustias, a obesidade é só uma parte dos problemas, a outra parte é essa depressão que o leva a comer. Todo regime emagrece. Todo! A questão sempre será como permanecer magro.
Temos que considerar os aspectos psicológicos. Quando se faz um regime não basta emagrecer só o corpo, tem que emagrecer também a mente. Tem que haver dieta psicológica.


Muitas vezes, as pessoas só procuram o tratamento médico porque não querem emagrecer. Eles querem ser “emagrecidos”, isto é, querem que o outro o emagreça. É como chegar na frente do médico e dizer: “eu não consigo emagrecer. Me ajude a emagrecer”. E o médico faz isso mesmo, dá remédios, ou regime, ou opera, só não muda a cabeça da pessoa.


Por isso, se a cirurgia bariátrica foi sua opção, saiba que é necessário atentar para a continuidade das consultas médicas;  é preciso reeducação alimentar (nutricionista); acompanhamento psicológico (psicoterapia) após a cirurgia e cuidar para realização de atividades físicas; entre outras mudanças e atitudes.


Na terapia psicológica a atitude é outra. A psicoterapia lhe oferece a oportunidade de pensar diferente: “Você é dono e senhor dos seus atos e sentimento. Se estão descontrolados, podemos reorganizar as coisas de forma que você perceba o papel da comida e, assim aprender a eliminar suas angústias sem precisar comer compulsivamente, sem compensar seu sentimento, comendo além do necessário!
Portanto, o tratamento não termina com a cirurgia!

 

Terapia, você promove sua melhora - 10 de abril de 2015

 

Fobias, depressão, angústia, medo, intolerância, preocupação, ansiedade e por aí vai a lista de sentimentos que atrapalham a vida de muitas pessoas. Pode ser que você não sinta nem metade dessas emoções, mas ao menos uma delas já deve ter sentido nem que por um curto espaço de tempo, e agradeça caso tenha sido por um breve período, afinal, hoje em dia as pessoas têm sofrido muito com as doenças da alma.

 

O mal-estar parece tomar conta da sua vida, quando a irritação e a ansiedade excedem os limites da boa convivência com as pessoas ou quando a tristeza aparece sem motivo aparente e se permanece por dias, semanas ou mesmo meses e não vai embora. Se algo não vai bem, incomoda, machuca, persiste e não encontramos recursos suficientes em nós mesmos e no círculo familiar para compreender e enfrentar a situação que está afetando ou impedindo o andamento de nossas vidas, podemos (e devemos!) buscar um auxílio psicológico.

 

A psicoterapia busca tratar as angústias, medos, ansiedades, os problemas de relacionamento, as depressões e tantas outras dificuldades e inquietações que atrapalham ou até mesmo, impedem o desenvolvimento saudável de nossas vidas, aqueles dos quais não podemos dar conta sozinhos. Mas, é importante dizer que o processo leva algum tempo, que depende de cada caso e demanda uma entrega, um esforço conjunto.

 

Enfim, a psicoterapia pode ajudá-lo a lidar melhor com as insatisfações e frustrações do dia-a-dia, entre outros muitos aspectos que podem ser trabalhados nos encontros psicoterapêuticos.Procurar ajuda psicológica é um sinal de consciência, coragem e maturidade. É a oportunidade que você se dá para olhar de frente seus problemas e as dificuldades causadoras de infelicidade e sofrimento e redescobrir a melhor maneira de lidar com elas, se fortalecer, desenvolver seus potenciais, se autoconhecer.Fazer psicoterapia é reservar um espaço e um tempo na sua vida para cuidar de você.

 

Michelli Mariotti Giordani é psicóloga formada pela Unibave/Orleans, desde 2012.

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