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A imprensa e a empresa

  • osemanariolm
  • 27 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

No século da informação, nada é tão vulgar quanto ela própria. Tudo circula pelas redes sociais, todos falam sem checar os fatos, o mundo se põe de joelhos diante da rapidez como tudo chega aos olhos, e os que teimam em não seguir o ritmo das coisas, ficam para trás. A imprensa, de todas as formas, luta para se posicionar nesse novo cenário que se instalou, em todo o lugar, em todos os cantos. Ao circular por Lauro Müller e região, O Semanário compra o papel duplo de ser empresa e imprensa, ao mesmo tempo, olhando para os dois lados. É preciso ponderar entre os vieses, e aprumar os rumos nesta tempestade contínua que a economia brasileira passa. Tomar partido, entre gregos ou troianos, põe em risco a liberdade de expressão, do qual o verdadeiro jornalismo precisa para sobreviver. É preciso levar a informação, sem interferências, sem meandros, sem amarras, limpa, cristalina e pura. Jornalista não é herói, não é polícia, não é juiz, não pode escolher lado, por mais que ele se carregue de interjeições pessoais, a matéria jornalística deve, por obrigação, chegar límpida ao leitor. O produto informativo, esse que chega na forma de jornal impresso, é o fruto de apurações e pesquisas feitas dos vários lados de um acontecimento, de uma informação ou de fato consumado. A obrigação da imprensa, como empresa, é zelar por seus funcionários, não só nos vínculos empregatícios, mas também, na liberdade de expressão. O leitor, objetivo final e sempre visível do jornalismo impresso e eletrônico, tem como direito um produto que o satisfaça, com conteúdo e canais para que possa se manifestar. Pois, o dever do leitor é cobrar do meio de comunicação a verdade sem parcialidades. A primeira regra do jornalismo é a verdade, sempre. Porém, precisamos lembrar que o conceito de verdade depende da visão pela qual é encarada. Ao escolher uma corrente ou um lado do muro, se pode cair na tentação, que cega e amordaça, da defesa sem atentar para a obrigação de sempre ouvir os dois lados. Com o advento da internet, das redes sociais e aplicativos para celulares, se abre a porta para as opiniões diversa. Saudável, sim, pois povoa de informações. Danoso, porém, ao que se nota, poucos respeitam a opinião alheia. Nasce nesse desrespeito as bases para ruína de nossa sociedade, dita moderna, mas enraizada em conceitos e crenças de um passado distante. É inegável que a era da informação eletônica traz inúmeras vantagens. A primaz diz respeito a abertura de espaços para classes, segmentos, cotas, raças e credos menos favorecidos pelos espaços da mídia. Eles ocupam os espaços sempre negligênciados. A sociedade organizada e justa começa com meios de comunicação fortes, mas não opressores. A mesma liberdade que ilumina, cega aos que são discuidados. Da Redação


 
 
 

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