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O inferno são os outros Coluna de Muriel Albonico

  • osemanariolm
  • 2 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura

Ser perfeito é impossível. Ao menos, para a maioria. Mas conheço pessoas que pensam que não erram, não fazem lambança, que são gênios e superiores a todos. O erro está nos outros, nunca neles. Projetam os desgostos e imperfeições nos que estão próximos e se esquecem que são de carne e osso, são tão fracos que chegam a dar dó.

Em todos os ambientes que pude circular e conviver com outras pessoas, não só em Lauro Müller mas em todos os lugares, sempre há os que colocam a culpa em quem aparecer primeiro. Em nosso tempo, ser excepcional no que se faz é garantia de emprego, mas não é garantia de ser uma pessoa sociável, amiga e que vai poder contar com a ajuda dos outros. Colocar a culpa em qualquer um pelo erro cometido é baixo, vil, é safadeza das grossas.

Uns dizem que é a lei da selva, do capitalismo, da sociedade, sei lá. Desculpas sempre há. Tudo é valido para se crescer na vida, desde que “eu” faça em você e nunca o contrário. Quando eu faço é legítimo, mas quavndo você apronta para mim, é trairagem. Combinado?

Problema, também, é achar que os outros nunca fazem nada que preste. Nunca. Achar que não são bons funcionários, nem amigos, nem bons pais, maridos e assim vai. É preciso lembrar que as medidas que acho boas, não servem para nada para você, caro leitor. Fomos criados de formas diferentes, até mesmo dentro da mesma família, o que nos torna únicos. O que entendo por certo, para a senhora que está lendo isso, pode parecer ridículo.

Daí entram os preceitos sociais, isto é, conveniências que nos separam dos animais e nos fazem humanos. Regras que nos tornam capazes de viver num barril de pólvora que chamamos de sociedade. Sabemos que matar é proibido, mas esquecemos que ouvir música no último volume do rádio enquanto lavamos o carro incomoda nossos vizinhos. Ou o cachorro tão fofinho, solto na rua se transforma num dragão de inconveniência quando atrapalha o trânsito ou faz coco na rua, em frente da saída de casa.

O inferno, caros leitores, não são os outros, somo nós quando achamos que nunca estamos errados.


 
 
 

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