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Dólar anima e preocupa agricultura


As constantes variações no dólar, desde o início do ano, tem animado agricultores, já que o preço de venda das safras para o exterior são contadas na moeda americana. Porém, ao mesmo passo que dão ânimo, o setor se preocupa com a alta dos insumos, como adubos, pesticidas e sementes. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cerca de 75% da produção nacional de grãos é exportada. Por outro lado, o país importa 70% de todos os fertilizantes que usa e 90% de todo o potássio que usa na produção de adubos. Com a alta do dólar, os insumos também vão receber aumentos.

Segundo o extensionista da Epagri em Lauro Müller, Paulo César Freiberger, no município o consumo de fertilizantes e herbicidas é pequeno e com a utilização mais intensa perto do início da safra. “Não há um consumo expressivo de fertilizantes pelos agricultores do município”, afirma Freiberger. Um dos motivos são as pequenas dimensões das propriedades rurais e das culturas que nelas são produzidas. “Temos o fumo como principal cultura, mas nessa hora, a safra está nas empresas”, lembra o extensionista. Outra razão é o incentivo ao uso de fertilizantes naturais, com esterco de animais, para uso nas lavouras e pastagens. De acordo com Freiberger, a Epagri de LM faz trabalho nas propriedades para dar instruções de armazenamento e distribuição de esterco nas plantações e nas áreas destinadas à criação de animais. Mesmo com o baixo consumo de fertilizantes em Lauro Müller, o extensionista lembra que o agricultor vai sentir o aumento, em doses menores. “No oeste [catarinense] o consumo é muito maior. Lá os agricultores vão sentir os reflexos dos aumentos”, lembra Freiberger.


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